A tensão pré-menstrual (TPM) é uma realidade para muitas mulheres, trazendo sintomas físicos e emocionais que afetam o bem-estar e a rotina. Para algumas, esses sintomas são tão intensos que caracterizam o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM), uma condição mais grave que pode comprometer significativamente a qualidade de vida. Além disso, nesse período, é comum o aumento do desejo por doces e alimentos calóricos, o que pode gerar culpa e insatisfação, especialmente para quem segue uma dieta ou busca manter hábitos saudáveis.
Neste artigo, você vai entender o que acontece no corpo da mulher durante o ciclo menstrual, a diferença entre fase de intensidade feminina e um período de desequilíbrio hormonal acentuado, e como a alimentação pode influenciar seu equilíbrio emocional e físico.

O que é TPM e como ela afeta o corpo?
A TPM ocorre devido às oscilações hormonais que acontecem no ciclo menstrual, especialmente na fase que antecede a menstruação (fase lútea). Essas variações afetam neurotransmissores como a serotonina, responsável pela regulação do humor, podendo causar sintomas como:
- Irritabilidade
- Ansiedade
- Cansaço excessivo
- Retenção de líquidos
- Alterações no apetite
- Desejo por doces e carboidratos
E o que é o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual?
O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual é uma forma mais severa da TPM, que afeta as mulheres em idade reprodutiva. Seus sintomas incluem:
- Alterações de humor extremas
- Humor deprimido
- Ansiedade acentuada
- Crises de choro
- Raiva ou irritabilidade intensa
- Insônia ou sono excessivo
- Dificuldade de concentração
- Falta de energia
A principal diferença está na intensidade dos sintomas e no impacto que causam na rotina. Enquanto a Tensão Pré-Menstrual pode ser desconfortável, o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual pode prejudicar o funcionamento social, profissional e pessoal da mulher.
Por que a vontade de comer doces aumenta na TPM?
A queda dos níveis de serotonina durante esse período explica o desejo por alimentos ricos em açúcar e carboidratos. Isso acontece porque esses alimentos estimulam a liberação de serotonina no cérebro, proporcionando uma sensação temporária de bem-estar.
No entanto, o consumo excessivo de doces pode levar a picos de glicemia, seguidos de quedas bruscas, aumentando ainda mais a sensação de cansaço e irritabilidade.

Dicas para lidar com a TPM e o TDPM sem culpa
Embora seja natural sentir vontade de comer certos alimentos, algumas estratégias podem ajudar a minimizar os impactos e melhorar o bem-estar:
- Mantenha uma alimentação equilibrada: consuma proteínas, gorduras saudáveis e carboidratos complexos para evitar oscilações bruscas na glicemia.
- Hidrate-se bem: A retenção de líquidos pode ser reduzida com uma boa ingestão de água e chás diuréticos, como chá de hibisco e cavalinha.
- Pratique atividades físicas: exercícios liberam endorfinas, que ajudam a melhorar o humor e reduzir sintomas como ansiedade e irritabilidade.
- Invista no autocuidado: técnicas como meditação e momentos de relaxamento podem fazer diferença na regulação emocional.
- Busque ajuda profissional se necessário: se os sintomas forem muito intensos e estiverem afetando sua qualidade de vida, é essencial procurar um psicólogo ou médico para avaliação e tratamento adequados.

Como a terapia pode ajudar a lidar com a TPM e TDPM?
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode ser uma grande aliada no tratamento da Tensão Pré-Menstrual e Transtorno Disfórico Pré-Menstrual , ajudando a regular o humor e manter a rotina. A TCC auxilia na identificação de padrões emocionais negativos, no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento, como reestruturação cognitiva e técnicas de relaxamento, além de estimular hábitos saudáveis e autocuidado. Ela também contribui para reduzir a culpa e a autocrítica, promovendo autocompaixão, e melhora a gestão do estresse, prevenindo crises emocionais. Buscar apoio profissional pode ser essencial para lidar com esses sintomas de forma mais equilibrada.
Ambas podem ser desafiadores, mas entender como eles funcionam e adotar estratégias para lidar com os sintomas pode tornar esse período menos desgastante. Pequenas mudanças nos hábitos diários podem fazer grande diferença no bem-estar físico e emocional.
Se você está sofrendo com algum desses sintomas da Tensão Disfórica Pré-Menstrual que afetam as mulheres, recomendo buscar uma nutricionista para ajustar a alimentação, uma ginecologista para identificar se há fatores hormonais ou físicos que precisam de atenção, realizar atividades físicas, pois exercícios ajudam a equilibrar seu corpo e mente. E por último, mas muito importante, agendar terapia com uma psicóloga para lidar com suas emoções nesse período. Se você chegou até aqui, seguiu minhas recomendações e precisa de um psicóloga para lhe ajudar com isso, clique aqui e agende sua consulta agora mesmo.